DIA MUNICIPAL DO BLOCO TRADICIONAL SERÁ COMEMORADO COM BATUCADA E FESTA PELAS RUAS DO CENTRO

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DIA MUNICIPAL DO BLOCO TRADICIONAL SERÁ COMEMORADO COM BATUCADA E FESTA PELAS RUAS DO CENTRO

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O Dia Municipal do Bloco Tradicional será comemorado com muita alegria e folia pelo Centro da cidade nesse domingo, dia 7. Por iniciativa do Bloco Os Foliões, várias agremiações realizarão um animado cortejo pelo circuito São Pantaleão – Madre Deus, a partir das 17h.

A concentração será em frente à sede dos Foliões, na Rua Cândido Ribeiro (Rua das Crioulas), Centro, próximo à recém-reformada Fábrica Santa Amélia. Os tambores começam a rufar às 17h, com o bloco saindo em cortejo pela rua onde foi fundado, saudando a famosa residência de Mestre Walmir (seu fundador) e seguindo pelo roteiro Largo de São Tiago – Sã Pantaleão – Rua do Norte – Rua do Passeio – Praça da saudade – Largo dos Caroçudos, onde termina a festa.
 
Desde 2006, quando foi oficializada a data, Os Foliões comemoram  independente de outras programações que venham a ser realizadas pela cidade. O bloco sai de sua comunidade de origem ou parte de algum ponto com destino à sede, mantendo vivo o ritmo mais original do carnaval maranhense.
O evento costuma reunir componentes de outros blocos, que integram as fileiras do festivo cortejo. Ente os grupos participantes, estão Os Feras, Príncipe de Roma, Os Vampiros, Apaixonados, Reis da Liberdade, Tremendões, Trapalhões, Brasinhas, Originais, Kambalacho, Curingas, Guardiões, entre outros. 

O Dia do Bloco Tradicional, na verdade, é o 08 de maio, mas Os Foliões anteciparão as comemorações por causa do domingo. O evento conta com apoio cultural do Sindicato dos Servidores da Justiça do Maranhão (Sindjus-MA), através de seu núcleo de apoio a projetos socioculturais.

MESTRE WALMIR

O projeto de reconhecimento do Dia Municipal do Bloco Tradicional foi apresentado em 2006 pelo vereador Dr. Gutemberg Araújo, enaltecendo a importância cultural dos mais autênticos representantes do samba e do carnaval de rua da capital maranhense. Virou lei no mesmo ano, sob o número 4698/2006.

A data é alusiva ao nascimento de Mester Walmir Moraes Corrêa, baluarte da categoria e um dos grandes expoentes do carnaval maranhense, reconhecido como mestre em âmbito municipal estadual, nacional e internacional, tendo colecionado prêmios e honras ao longo de sua vida, dedicada ao ensino e à cultura brasileira. Mestre Walmir faleceu em 2010. Nascido em família humilde,  Dedicou sua vida à família, à educação de jovens (professor de Mecânica da antiga Escola Técnica Federal), tendo sido atleta (participou da primeira competição oficial de handebol no Maranhão, sendo também goleiro da ETFMA e atleta de futebol do extinto Riachuelo FC, um dos melhores times de futsal entre os canos 60-70), artesão, compositor, inventor, desenhista. Presidiu a Tribo Os Apaches e o Bloco Os Vigaristas, tendo colecionado dezenas de títulos, honras e comendas. Reconhecido como comendador cultural e mestre da cultura popular pela Prefeitura de São Luís (indicação do vereador Doutor Gutemberg), Governo do Estado (indicação da ex-governadora Roseana Sarney), Governo Federal, Conselho Internacional de Folclore, Organização Internacional de Folclore e Associação Brasileira de Festivais Folclóricos. 

Mestre Walmir fundou o Bloco Os Foliões no dia 01 de maio de 1976, junto aos irmão Waldete Moraes Corrêa (cantador do Boi de Maracanã), Carlos Augusto Soeiro Gomes, Mauro Sérgio Guimarães Machado e Luís Fernando Lima de Sá Vale. Além de ser o bloco com maior número de vitórias e títulos e prêmios em concursos, desfiles e eventos carnavalescos, o bloco coleciona diversas honras em projetos, editais, mostras, exposições e festivais pelo Brasil e no exterior, tendo representado o Brasil em importantes eventos pelas Américas e Europa. Possui diversas extensões culturais e pontos de cultura e leitura que realizam atividades artísticas e sociais o ano inteiro, a exemplo do Grupo Foliões (Folias Juninas), Raízes de Portugal e Reisado Folias de Natal.  
Os Foliões destacam-se, também, como o primeiro bloco a registar sua musicalidade e a batida dos longos tambores contratempos em LP, compacto discos, CD e vídeos. Foi o primeiro a se apresentar fora do período carnavalesco, realizar atividades anuais, e apresentar-se fora do Maranhão, além de ser o único que se apresentou no exterior. 
Em julho, a entidade receberá em São Paulo o Prêmio Excelência em Qualidade Cultural 2017, outorgado pela Associação Brasileira de Qualidade. 
Filho de Maria de Lourdes Rocha Moraes Corrêa (costureira e dona de casa) e Hermírio Moraes Corrêa (marinheiro e funcionário do Tesouro). Casado com Dona Aldenora da Conceição Moraes Corrêa. 

BATUCADA DE RUA
Os blocos de ritmo (ou blocos tradicionais) surgiram no final da década de 1920, sendo posteriores aos blocos de sujo, similares às antigas turmas de samba (que dariam origem às atuais escolas de samba) e antes das tribos de índio. Ainda não se tem certeza de qual foi o primeiro bloco a surgir, mas existem evidências de que o pioneiro tenha sido o famoso Os Vira-latas, seguido por Mal-encarados, Pif-paf, Calhambeques, Boêmios do Ritmo, Ases do Ritmo, Os Lunáticos, Grupo X, Os Vigaristas, entre outros. Constituíam-se de pequenos grupos de amigos que saiam às ruas com fantasias simples e divertidas, tocando pequenos instrumentos de percussão e corda. Brincavam pelas ruas, visitavam casas e tinham live acesso aos bailes em clubes sociais da época. 
Os blocos surgiram no Centro da cidade, formados por  integrantes das classes média e alta da época, depois se popularizando pelas comunidades. Os blocos não participavam de concursos “oficiais”, mas costumavam disputar batucadas quando se encontravam. O primeiro que errasse a música ou saísse do ritmo, perdia. Os primeiros concursos vieram na década de 1940, promovidos jornais impressos e emissoras de rádio e televisão. A partir dos anos 50, instituíram-se desfiles competitivos nas praças João Lisboa e Deodoro, promovidos pela então Empresa Maranhense de Turismo (Maratur), hoje mantidos pela Prefeitura. 
Atualmente, existem cerca de 45 blocos inscritos em duas entidades representativas: a Associação Maranhense de Blocos Carnavalescos (AMBC) e a Academia Maranhense de Blocos Tradicionais.

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