Exposição “Tempo de Almanaque, em andamento na Galeria Trapiche
A estética, grafia e
as informações de consumo, cultura, moda e comportamento que circularam no
Brasil por meio dos Almanaques de Farmácia a partir do início do século XIX
estão na exposição itinerante “Tempo de Almanaque”, na Galeria Trapiche, das 9h
às 13h e das 14h às 18h. A exposição, que permanece em cartaz até o dia 16 de
dezembro, integra a programação da 10ª Feira do Livro de São Luís. Durante o
período da feira, o horário se estenderá até às 20h.
Promovida pelo
Departamento Nacional do Sesc, a exposição apresenta publicações que atuavam
como veículos de publicidade de medicamentos e cumpriam com o atual papel dos
propagandistas. O público pode apreciar uma coletânea de raridades retiradas do
acervo pessoal da pesquisadora e escritora Yasmin Nadaf, da década de 1930 até
1980. A exposição é dividida em seis abordagens, como histórico, publicidade
farmacêutica, lazer nos almanaques, tempo e espaço, utilidades e sobre a
mulher.
Nos almanaques
continham informações consideradas de utilidade pública como fases da lua,
épocas de plantio e remédios para diversos males, sempre unidos a passatempos,
textos literários, carta dos leitores, entre outros. As publicações eram
distribuídas de forma gratuita e foram responsáveis por popularizar a ciência
nos lares brasileiros como prática de lazer para ser ensinada e repetida entre
a família.
Biotônico
Um dos almanaques mais
famosos foi o Almanaque do Biotônico. Para divulgar o famoso fortificante,
Monteiro Lobato, amigo do farmacêutico Candido Fontoura, criou o personagem
Jeca Tatu. Esse vivia em uma casinha de sapê e sofria do mal do amarelão, sendo
curado graças às propriedades medicinais do remédio que dava nome ao almanaque.
O evento prevê ainda
duas palestras, sendo a primeira sobre a questão de gênero, com Beatriz Sousa,
no dia 30, às 17h, e outra sobre moda, com Diego Lobato, sendo que esta última
ainda não tem data especificada.
Os almanaques de
farmácia já ocuparam lugar de destaque nos lares brasileiros. Tanto é verdade
que alguns exemplares vinham acompanhados por barbantes, para serem pendurados
em paredes ou portas, ao alcance da família. Estas publicações cumpriram,
durante décadas, a função de informar e entreter. Por vezes, faziam o papel de
cartilha, auxiliando adultos e crianças na alfabetização e no aprendizado da
leitura.
Por outras, atuavam
como agentes de civilização e progresso, divulgando novos hábitos de higiene e
colaborando com a prevenção de doenças e o saneamento urbano. Muitas
informações úteis eram reunidas em jogos, textos literários, calendários,
propagandas, cartas de leitores e até passatempos.
Serviço
O quê
Exposição “Tempo de
Almanaque”
Quando
Até o dia 16 de
dezembro
Onde
Galeria Trapiche
(Praia Grande
Entrada franca
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