Exposição “Já Fui Floresta”

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Exposição “Já Fui Floresta”

Foto que integra a exposição “Já fui Floresta, que será aberta amanhã
Fotógrafo José Medeiros inaugura, nesta sexta-feira (08) às 9h, a exposição “Já Fui Floresta”, onde mostra a complexa realidade dos índios Ikpeng, habitantes do Médio Xingu.
É desnudando o Parque Indígena do Médio Xingu e mostrando a complexa realidade dos índios Ikpeng, em meio ao mundo globalizado, que o fotógrafo cuiabano José Medeiros, revela um primoroso trabalho com a exposição “Já fui Floresta”, em cartaz a partir de amanhã, na Galeria de Arte do Sesc (Praça Deodoro), como parte integrante da programação da 9ª Mostra Sesc Amazônia das Artes. As fotos buscam indagar sobre a cultura indígena e o lugar que lhe cabe na sociedade contemporânea.

Não é a primeira vez que José Medeiros fotografa o índio mato-grossense. Essa vivência possibilitou a ele conhecer as dificuldades para encontrar, no Brasil, adeptos da causa indígena.
Foi em um território mítico, localizado ao norte de Mato Grosso, município de Feliz Natal, Parque Indígena do Médio Xingu, que José Medeiros redescobriu o universo rico e complexo dos índios Ikpengs.
“Nesse labirinto de rio e selva, escolhi fotografar esta comunidade porque tenho com ela uma singular afinidade. Durante 10 anos, recebi alguns destes indígenas em minha casa na cidade de Cuiabá. Hoje, conheço melhor suas referências culturais e consigo refletir sobre as distintas etnias, que vivem no Xingu, uma das reservas mais conhecidas no mundo”.
Interação
A interação de Medeiros com os Ikpengs foi fundamental. Suas estadas no Xingu, em períodos alternados, o levaram a vivenciar hábitos cotidianos, como a pesca, praticada nos imensos rios que se expandem de forma labiríntica dentro da floresta. Somam-se a isso os expressivos rituais e hábitos alimentares incomuns compartilhados no dia a dia no Xingu.
Ele não somente ensinou os índios a fotografarem como defendeu os seus direitos com a valorização de atributos simbólicos ligados intrinsecamente à própria imagem do índio e às raízes de sua cultura. Nesse sentido, a fotografia, em forma de inventário, vem lhe permitindo expandir significados e informações sobre esta cultura ancestral e sua transformação decorrente do contato do indígena com o mundo globalizado.
As fotos descortinam tradições ancestrais. O projeto mostra a realidade, a convivência do índio que, em meio ao mundo globalizado, vê o futuro em perspectiva. Ao diluir o real com o uso de efeitos luminosos, que ofuscam as formas visíveis de um ritual, o autor reitera a fugacidade da existência, que ganha sentidos imponderáveis na relação sociocultural com o corpo da arte.
O fotógrafo transformou suas fotos em exposições, livro e ganhou notabilidade nacional. Ele é um dos mais atuantes de Mato Grosso. Ali nasceu, mas mudou-se para o Maranhão há vários anos e começou atuando como fotojornalista, mas, seu talento para a fotografia levou a sua produção para o terreno das artes. O que Medeiros faz, melhor dizendo, o que ele cria, vai além do fotojornalismo.
Há uma conexão entre suas obras e a outros mestres antepassados e fotógrafos-artistas contemporâneos que têm se dedicado a refletir sobre questões das nações indígenas no Brasil. São referências memoráveis do patrimônio iconográfico, como o precioso acervo fotográfico deixado por Albert Frisch que, em 1865, fotografou os índios antropófagos da tribo Amaúma, os aculturados dos arredores de Manaus e os barqueiros bolivianos na margem do Rio Negro. Assim como há outra conexão com a vasta produção de George Huebner sobre índios amazônicos fotografados no seu próprio habitat ou em cenas posadas em seu atelier no final do século XIX. l
Serviço
O quê
Exposição “Já fui Floresta”
Quando
Abertura amanhã, às 9h
Onde
Sesc Deodoro (Praça Deodoro)
Entrada franca
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