Mais de 2 mil jovens são assassinados por ano em oito capitais, mostra Unicef
SL está entre capitais com mais jovens assassinados por ano

O representante do Unicef no Brasil, Gary Stahl, destacou que a maioria dos assassinados é homem, da cor negra, tem de 16 a 18 anos e vive nas periferias das grandes cidades. Outros indicadores mostram, segundo ele, que esses jovens passam por uma trajetória de violações que termina com as mortes trágicas. “Eu acho que não é coincidência que o perfil típico da criança fora da escola no Brasil é homem, negro, de 13 anos, na zona rural, com pais analfabetos e família pobre.”
Gary Stahl defendeu a adoção de ações em prol da redução das desigualdades sociais como forma de mudar essa situação. “Temos que começar com os serviços básicos em todo o Brasil. Olhar de perto a situação daqueles mais excluídos, os negros, quilombolas, ribeirinhos. Porque muitos deles buscam oportunidades nas grandes cidades”, acrescentou.
O representante do Unicef destacou ainda que, muitas vezes, essas mortes são tratadas com descaso. “[No Brasil,] 93% dos homicídios não são esclarecidos. Não sabemos quem matou, por que matou. Se um país não investiga 93% dos homicídios, qual vai ser a política que esse país vai adotar para reduzir o número de homicídios?”, questionou.
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