Leila Diniz:70 anos de um mito
Ícone do estilo libertário, Leila
Diniz, se estivesse viva, completaria 70 anos hoje; nova edição de livro da
BestBolso vai homenagear a data.
25/03/15
RIO- Se estivesse viva, Leila Diniz
completaria 70 anos hoje. Para celebrar a data a BestBolso lança a 3ª edição do
livro Toda mulher é meio Leila Diniz, de Mirian Goldenberg, com selo comemorativo
na capa. A atriz quebrou diversos tabus durante os anos 1960 e1970, época em
que a repressão promovida pela ditadura militar estava em seu auge. Sem papas
na língua e defensora do amor livre, Leila Diniz escandalizou os conservadores
e foi exemplo para a juventude da época. Ainda hoje, ela segue como ícone do
estilo de vida libertário.
Toda mulher é meio Leila Diniz é um
livro apaixonado e apaixonante sobre uma mulher carioca que revolucionou os
costumes no final da década de 1960. E por que Leila Diniz, entre tantas outras
mulheres que viveram intensamente esse momento histórico, se tornou um mito? É
a própria Leila quem responde à questão: “Sobre minha vida, meu modo de viver,
não faço o menor segredo. Sou uma moça livre. A liberdade é uma opção de vida”.
Liberdade - Leila fazia e dizia o que
muitos tinham o desejo de fazer e dizer. Com os inúmeros palavrões na clássica
entrevista a O Pasquim, com uma vida sexual e amorosa extremamente livre e
prazerosa, com o seu corpo grávido de biquíni, trouxe à luz do dia
comportamentos, valores e idéias já existentes, mas que eram vividos como
estigmas, proibidos ou ocultos. Não à toa, ela é apontada como uma precursora
do feminismo no Brasil: uma feminista intuitiva que influenciou, decisivamente,
as novas gerações.
Leila Diniz, ao afirmar publicamente
seus comportamentos e ideias a respeito da liberdade sexual, ao recusar os
modelos tradicionais de casamento e de família e ao contestar a lógica da
dominação masculina, passou a personificar as radicais transformações da
condição feminina (e também masculina) que ocorreram no Brasil.
Autora - Mirian Goldenberg nasceu em
Santos (São Paulo) e mora no Rio de Janeiro desde 1978. É doutora em
Antropologia Social e professora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autora de mais de 30 livros, entre
eles A Outra, Toda mulher é meio Leila Diniz, A arte de pesquisar, De perto
ninguém é normal, Infiel, Coroas, Noites de insônia, Intimidade, Por que homens
e mulheres traem?, Tudo o que você não queria saber sobre sexo (com Adão
Iturrusgarai) e A bela velhice. É colunista, desde 2010, da Folha de São Paulo.
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