Trupiada da Ilha marca o fim do Carnaval de São Luís

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Trupiada da Ilha marca o fim do Carnaval de São Luís

FIM DE FESTA COM MATRACAS E PANDEIRÕES

 ANDERSON FRANÇA / NA MIRA
 18/02/2015
O mestre Humberto Maracanã foi homenageado pelos batalhões do sotaque de matraca.


SÃO LUÍS – A última noite do Carnaval, na Passarela do Samba, emocionou. Após a apresentação dos blocos afros, a programação chegou ao fim com a Trupiada da Ilha, que, pelo segundo ano, marca o fim da folia de Momo e o início dos festejos de São João, em São Luís. Os batalhões do bumba meu boi União da Baixada, Matinha, João Paulo e Maiobão reuniram-se para tocar pandeirões, bater matraca e sacudir o maracá em homenagem ao cantador Humberto Maracanã, que morreu há um mês. Aos 74 anos, o mestre de cultura morreu vítima de falência múltipla de órgãos.
A família do cantador estava na Trupiada para receber a homenagem. A esposa de Humerto, Maria José Soares, caminhou pela passarela com os 22 filhos, entre eles Ribinha e Humberto Filho, para encontrar os batalhões que os aguardavam na outra extremidade da avenida. Muito emocionada, Maria José disse que “é só a matéria de Humberto que não está mais aqui, o espírito dele vai continuar aqui, no boi, no São João”.
A familia do cantador esteve presente durante todo o desfile. Foto: Anderson França / Na Mira

O legado deixado pelo mestre Humberto para a cultura maranhense e brasileira será continuado pela família. “Ele foi cantar boi lá no céu. Humberto disse que só ia morrer depois de 2040, ele não aguentou. Os próximos 20 anos a gente acredita que tem que ser nosso. Nós temos força e vamos continuar o trabalho que ele começou”, avisou Maria José ao dizer que os maranhenses podem esperar muitos festejos de São João pelo boi de Maracanã.
Cazumbás, caboclos de pena e índias seguiram cantando toadas em homenagem ao mestre e, em seguida, com gritos de “lá vai boi”, a avenida foi tomada pelos batalhões. Enquanto isso, a corte Momesca aguardava a chegada de Pai Francisco e Mãe Catirina, personagens do folclore maranhenses, para entregar-lhes a chave de São Luís e declarar, assim, aberta a temporada da festança de São João, que tem o bumba meu boi como uma das principais brincadeiras juninas.
Mãe Catirina e Pai Franciso foram escolhidos para recebem a chave da cidade. Foto: Anderson França / Na Mira


O casal Maria do Socorro e Carlos Roberto, do boi do Maiobão, foram escolhidos para encarnar pai Francisco e mãe Catirina. Eles saem há nove anos no boi do Maiobão e, pela primeira vez, foram escolhidos para receber a chave da cidade. “Pra gente, que participa das brincadeiras todos os anos, é muito emocionante está no Carnaval dando o grito de largada para o São João, que é tão importante pro povo de São Luís”, disse Maria do Socorro com sorriso de felicidade estampado no rosto.

O colorido das fantasias dos bois e dos cazumbás marcam o fim da folia momesca e início das festas juninas. Foto: Anderson França / Na Mira

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