Três dias após reeleição de Dilma, BC eleva juros básicos para 11,25%

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Três dias após reeleição de Dilma, BC eleva juros básicos para 11,25%

Alta do dólar e piora em contas públicas fizeram 5 dos 8 integrantes do Copom aumentarem taxa

Equipe econômica deve anunciar na próxima semana pacote fiscal, com redução de gastos e aumento de receitas
EDUARDO CUCOLO VALDO CRUZ DE BRASÍLIA


 
Em sua primeira reunião após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, o Banco Central surpreendeu e elevou a taxa básica de juros da economia de 11% para 11,25% nesta quarta-feira (29).

A alta do dólar e a piora nas contas públicas foram os motivos que levaram 5 dos 8 integrantes do Copom (Comitê de Política Monetária) a decidir elevar a taxa Selic. Entre os cinco estão o presidente do BC, Alexandre Tombini, e o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton.

Segundo a Folha apurou, caso o dólar continue pressionado, a tendência é o BC promover novas elevações de 0,25 ponto, como a decidida ontem, que veio na contramão das expectativas do mercado (leia mais na pág. B3).

A taxa de 11,25% é a maior desde os 11,5% que vigoravam em novembro de 2011.
Durante sua campanha, a presidente buscou associar seu adversário Aécio Neves (PSDB) a uma política de juros altos contra a inflação. Em um discurso, disse que o PSDB "sempre plantou dificuldades para colher juros".

O aperto monetário três dias após a reeleição é uma tentativa de reconquistar a credibilidade da política de combate à inflação.

Nessa linha, a equipe econômica deve anunciar na próxima semana um pacote fiscal, com redução de gastos e aumento de receitas, para reverter a piora das contas públicas, hoje no vermelho.

No comunicado de sua decisão, o Copom informou que "a intensificação dos ajustes de preços relativos na economia tornou o balanço de riscos para a inflação menos favorável". Os "preços relativos" que vinham sendo citados pelo BC como responsáveis pela inflação recente eram as tarifas e o câmbio.

"À vista disso, o Comitê considerou oportuno ajustar as condições monetárias de modo a garantir, a um custo menor, a prevalência de um cenário mais benigno para a inflação em 2015 e 2016."

A taxa Selic estava em 11% ao ano desde abril. Conforme a Folha revelou nesta quarta-feira, assessores presidenciais não descartavam uma alta de juros ainda em 2014, na última reunião do ano.

O câmbio está entre os principais fatores que podem levar a inflação a ficar acima do teto da meta, de 6,5%, neste ano. Até setembro, ela estava em 6,75% na taxa acumulada em 12 meses.
Em sua mais recente previsão, o BC projetou inflação de 6,3% em 2014, mas com um dólar a R$ 2,25. Hoje, a moeda está na casa de R$ 2,45. O aumento de 10% desde então na cotação é suficiente para estourar o limite da meta.

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