Camara aprova reajuste para servidores retroativos ao mês de fevereiro, contando apenas com a manifestacao contraria de Rose Sales e Professor Lisboa, ambos do PCdoB.
Ao tempo que aconteceu um intenso debate sobre o reajuste para os servidores públicos municipais, o PCdoB foi colocado na berlinda por alguns vereadores pelo monopólio da Secretaria de Educação, quando a Câmara Municipal aprovou com os votos da maioria dos vereadores os novos salários do funcionalismo, retroativos ao mês de fevereiro, contando apenas com a manifestação contrária de Rose Sales e Professor Lisboa, ambos do PCdoB.
Enquanto a bancada comunista criticava o percentual apresentado, o líder do governo no Legislativo, vereador Osmar Filho (PSB), disse ser os 3% o índice possível para reajustar os vencimentos, e argumentou: “temos de diferenciar o justo do possível, e é certo que o prefeito Edivaldo Holanda Junior queria dar um índice justo e maior mas, este é o possível, e de que adiantaria anunciar outro índice maior é não poder pagar depois, atrasar a folha, o que seria um atraso, um retrocesso”.
Após a manifestação de alguns vereadores, no auge da discussão o vereador Nato (PRP) levantou o assunto de que o PCdoB “toma conta da Secretaria da Educação desde o início da administração do prefeito Edivaldo, e até agora a situação continua sendo esta”. Seu colega de bancada Francisco Chaguinhas (PSB) contribuiu que quem faz parte da administração tem de arcar com os ônus e os bônus. Já o vereador Marquinhos (PRB) foi mais longe ao dizer que o PCdoB deveria entregar a pasta da Educação, já que são inúmeros os problemas até então constatados. Corroborando, Nato falou que quem critica a Secretaria de Educação é a própria vereadora
Por sua vez, Rose Sales e Professor Lisboa fizeram a defesa do seu partido, tendo este último feito praticamente um relato histórico das lutas da agremiação, enquanto a parlamentar foi mais pontual e fez uma defesa da aliança local feita por todos que integram a administração municipal. Ela disse ainda está votando contra por questão de coer~encia com o trabalho que vem desenvolvendo ao longo do seu mandato. Sobre Marquinhos ter questionado a administração do atual secretário de Educação, chegando a chamá-lo de “migueloso” e mentiroso, ela respondeu: “confiamos muito no trabalho e na competência do companheiro Geral, mas o que existe é um problema de gestão administrativa”.
Para que o projeto de reajuste fosse aprovado, a matéria ocupou toda a sessão da manhã de ontem, pois o líder governista, vereador Osmar Filho (PSB), solicitou pedido de urgência, dispensa de prazos e interstícios e os pareceres das comissões de Justiça e Orçamento foram apresentados em plenário favoráveis a proposta. Diversas questões foram a baila como encontros ou não com o prefeito com os servidores e suas representações, além do comprometimento da receita líquida do município com folha de pagamento, o que inviabiliza o aporte de recursos federais ao erário municipal.
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