Procissão dos orixás celebrou aniversário de SL
Representantes de comunidades
tradicionais de matriz africana realizaram, sábado (8), em homenagem ao
aniversário de 406 anos de São Luís, a tradicional Procissão dos Orixás,
percorrendo ruas do Centro Histórico. Pais, filhos, mães de santo e centenas de
integrantes dos mais de 4 mil terreiros existentes na capital participaram da
manifestação, em saudação ao santo que mantém vínculos de sincretismo com
entidades dos cultos de matriz africana.
A
concentração aconteceu ao fim da tarde, por volta das 17h, na Praça Dom Pedro
II, de onde os participantes saíram em cortejo, já no início da noite, entoando
cânticos e dançando ao som do repertório do bloco afro Netos de Nanã. Na frente
do cortejo, pessoas representando ícones que simbolizam a devoção às quatro
divindades que regem a proteção à cidade de São Luís entre os diversos cultos
de matriz africana: São Luís Rei de França, Iansã (Santa bárbara), Oxum (Nossa
Senhora da Conceição) e Oxóssi (São Sebastião). Muitos curiosos foram atraídos
pela manifestação de fé dos umbandistas.
“Acho
muito interessante esse ritual. Ainda mais quando é para celebrar o aniversário
da nossa cidade. Todos os anos eu participo e sigo o cortejo até o fim. É um
evento muito interessante e carregado de simbolismo. Vale a pena participar”,
disse Maria José Diniz, moradora do centro de São Luís.
Proteção
O cortejo percorreu a Rua dos Afogados, Rua do Egito, Rua da Palma, até chegar ao Largo do Desterro. Dentro da Igreja do Desterro, um grupo de caixeiras entoou ladainhas e toques do Divino Espírito Santo. A mãe de santo Ione Amorim Cunha, do Terreiro Paraíso do Bonfim de Nagô, instalado no bairro Santo Antônio, foi uma das que participaram da procissão. “É um momento muito importante para todos nós, que viemos celebrar o aniversário da nossa cidade e pedir proteção para ela e para todos nós. Somos de axé e temos que mostrar quem somos, pois isso é muito importante”, enfatizou.
O cortejo percorreu a Rua dos Afogados, Rua do Egito, Rua da Palma, até chegar ao Largo do Desterro. Dentro da Igreja do Desterro, um grupo de caixeiras entoou ladainhas e toques do Divino Espírito Santo. A mãe de santo Ione Amorim Cunha, do Terreiro Paraíso do Bonfim de Nagô, instalado no bairro Santo Antônio, foi uma das que participaram da procissão. “É um momento muito importante para todos nós, que viemos celebrar o aniversário da nossa cidade e pedir proteção para ela e para todos nós. Somos de axé e temos que mostrar quem somos, pois isso é muito importante”, enfatizou.
Segundo
o pai de santo Fernando Solon, a Procissão dos Orixás acontece há mais de há 50
anos, sempre da mesma maneira e reunindo, em média, 5 mil pessoas. “A mensagem
que trazemos hoje para a população de São Luís é uma mensagem de paz, pois é
isso que nós queremos para a nossa cidade, que está muito violenta. É por essa
razão que unimos nossas forças para receber as energias positivas dos orixás”,
declarou ele, informando que em São Luís há pelo menos 4 mil terreiros de
umbanda, sendo, por essa razão, uma religião seguida por parcela significativa
da população.
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