Maio oito meia, uma geração em movimento
O
Centro de Criatividade Odylo Costa Filho será palco, no dia 30 de maio, a
partir das 18h, do lançamento do projeto Maio Oito Meia, idealizado pelo
jornalista e escritor Félix Alberto Lima
e amparado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Governo do Maranhão, com
patrocínio do Grupo Mateus. O projeto conta com um livro ilustrado e um
filme-documentário com informações sobre fatos e personagens que povoaram o
ambiente universitário no Maranhão na segunda metade da década de 1980, e suas
variáveis políticas e culturais.
O livro e o filme fazem um recorte histórico pela ótica de personagens daquele período que participaram ativamente do chamado movimento estudantil e de intensas agitações culturais no campus da Universidade Federal do Maranhão. Além do filme e do livro – cujo título é “Maio oito meia, crônica de uma geração em movimento” –, o projeto contempla ainda um LP e um CD com músicas que marcaram a cena universitária nos anos 1980 interpretadas por nomes como Zeca Baleiro, Rita Benneditto, Tribo de Jah, Flávia Bittencourt, Nosly, Carlinhos Veloz e outros.
Maio Oito Meia
terá três exibições do filme no Cine Praia Grande, no dia do lançamento, além
de noite de autógrafos do livro e audição do LP e CD no hall do Centro de
Criatividade Odylo Costa, filho.Maio Oito Meia é uma realização do Grupo Oito,
com apoio do Mavam, e tem como produtoras Cássia Melo (produtora executiva) e Juliana
Hadad.
O livro
Maio Oito Meia
parte da polêmica exibição do filme “Je vous salue, Marie”, de Jean-Luc Godard,
em maio de 1986, no campus do Bacanga, e avança sobre as disputas políticas no
meio da militância estudantil, os festivais de música na UFMA, a poesia
cambaleante da Akademia dos Párias, o Circo Voador no México, o Comunicarte, o
show de Lobão e Titãs no Colégio Maristas, entrevistas memoráveis com Agostinho
Marques e Luís Carlos Prestes, as primeiras eleições diretas para reitor na
universidade, o jornal laboratório do curso de Comunicação Social e muitos
outros fatos. Em Maio Oito Meia, cujo prefácio é assinado pelo jornalista e
poeta Eduardo Júlio, estão as impressões digitais de uma geração que, passados
30 anos, não perdeu de vista o sonho de transformar delírio em pós-realidade.
O filme
O filme é um
livre documentário com depoimentos de personagens dos movimentos culturais e
políticos do circuito universitário na década de 80 em São Luís. Além das
entrevistas, o filme dirigido por Beto Matuck contém imagens inéditas de
episódios e eventos que marcaram aquela década no Maranhão, como Fump,
Comunicarte, solidariedade de estudantes e professores aos desabrigados do Sá
Viana, passeatas e protestos, a luta contra o muro do campus etc.
O vinil
O LP e o CD Maio
Oito Meia trazem 12 músicas (11 regravações e uma canção inédita) que também
embalam a trilha sonora do filme. Entre as faixas estão “Senzalas”, com a Tribo
de Jah; “Oração Latina”, com a dupla Alê Muniz e Luciana Simões; “Viagem a
Moscou”, com Célia Leite e Nathalia Ferro; “Aquela estrela”, com Jorge Thadeu;
e “Asas da paixão”, com Flávia Bittencourt. Betto Pereira, César Nascimento,
Mano Borges, Celso Reis, Carlinhos Veloz, Erasmo Dibell, Zeca Baleiro, Nosly e
Rita Benneditto são outros intérpretes presentes no disco.
1 comentários:
O escritor Zuenir Ventura escreveu o livro 1968: O ano que não terminou. Seis décadas depois o escritor Felix ALberto Lima registra, com um traço magistral, os passos da geração de 1986. É a história da geração que agora está na casa dos 50 anos. Eu estava lá e estou aqui! Valeu Felix!
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