Projeto Sesc Amazônia das Artes será aberto hoje, às 19h30, no Teatro Arthur Azevedo
ALTERNATIVO - O ESTADO - São Luís transforma-se, a partir de
hoje, em um espaço para a diversidade cultural da Região Amazônica com a
realização de mais uma edição do projeto Sesc Amazônia das Artes, cuja abertura
acontece às 19h30, no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol), com entrada franca. A
iniciativa oportunizará o acesso a bens culturais por meio do estímulo, difusão
e intercâmbio de produtos artístico-culturais que valorizam a diversidade das
linguagens e de propostas.
A primeira atração é o grupo paraense
“Quaderna”, que apresentará o show “Pregões – Melodias das Ruas”. Em seguida,
será apresentado o espetáculo “Malcriadas”, com a companhia “Em Cena Ação”, do
Amapá, no Salão Versátil do Teatro Arthur Azevedo, para público limitado. A
programação de abertura será encerrada na Fonte do Ribeirão, com a performance
“Desalinho”, do maranhense Marcos Ferreira, iniciando às 22h.
O espetáculo “Melodias das Ruas” será
apresentado pelo grupo musical Quaderna, capitaneado pelos compositores Allan
Carvalho e Cincinato Jr. O trabalho é fruto de pesquisa sobre os pregões de
rua, cânticos de venda dos comerciantes populares de hoje e de ontem. Esta é
uma experiência ímpar para quem deseja mergulhar nesse universo, que bordeia os
rumos do canto, da venda, da oralidade, da memória e do marketing das ruas,
ouvidos no dia a dia, como música que passa despercebida no cotidiano das
cidades.
Em seguida, será a vez do espetáculo
“Malcriadas” ser apresentado no Teatro Arthur Azevedo. A montagem conta a
história de empregadas subservientes que vivem tramando contra sua patroa num
plano perigoso e arriscando num desafio tênue entre a relação estabelecida
opressor/oprimido. Nesse jogo, a figura central (o poder) entra na medida em
que vai se revelando as provas cabais que comprometem suas subordinadas ao
desvendar, ainda que indiretamente, seus crimes.
Exposição
A performance “Desalinho”, a ser
apresentada na Fonte do Ribeirão, é interativa e composta pela instalação
“Casulos” e a obra “Metamórficas”. A instalação reúne pêndulos situados em
diferentes alturas que estimulam a experimentação sensorial tátil, ressignificando
técnicas de “desalinho” por meio de multiformas orgânicas que se assemelham a
“Casulos”.
Já “Metamórficas” apresenta escultura
em crochê que pode sofrer mutação com o processo de livre transformação no
decorrer da interação dos visitantes, remetendo à capacidade de adaptação e
mudança. A presença do artista durante o período da exposição, representa ainda
uma ação que dá continuidade, transformação e movimentação à obra por meio da
performance.
A exposição, por um lado é expressão
de uma relação com o período de metamorfose da borboleta que, num inevitável
momento de desenvolvimento e transformação, deixa o casulo e voa enquanto outro
ser, um novo ser - metáfora que dialoga com o processo de criação do artista.
Por outro, desconstrói o caráter utilitário do crochê a partir de multiformas,
texturas e desenhos marcados pela assimetria, refletindo sentimentos de
transformação e libertação criativa.
Em 2006, o grupo lançou um CD que
abordava a influência da cultura nordestina na Amazônia, em especial na paraense,
sendo esse processo fruto da bolsa de Pesquisa e Experimentação Artística do
Instituto de Artes do Pará. Com o disco, teve o importante reconhecimento de
seu trabalho, conquistando o Prêmio Dynamite/SP (2008), um dos maiores da
música independente no Brasil, como destaque regional.
Diretores
O projeto percorrerá os estados do
Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Tocantins,
Rondônia e Roraima. O lançamento do Sesc Amazônia das Artes contará com a
presença de diretores de regionais do Sesc, além de coordenadores de cultura
dos estados participantes. No Maranhão, a programação seguirá até o dia 15
deste mês, com atrações culturais dos nove estados da Amazônia Legal e do
Piauí, reunindo obras artísticas de dança, teatro, música e cinema, além da
exposição fotográfica “Já fui Floresta”, do fotógrafo José Medeiros, lançada no
dia 8 de abril e aberta ao público até sexta-feira, na Galeria de Artes, no
Sesc Administração, das 9h às 17h. As visitações podem ser agendadas
previamente.
O projeto completa nove anos
promovendo o intercâmbio entre arte e cultura e o diálogo acerca da carência de
políticas públicas indispensáveis para atenuar necessidades básicas do cidadão.
Seja com obras cinematográficas, espetáculos teatrais ou de dança, as produções
regionais são o foco da mostra, que permite a troca de experiências entre
público e artista de todas as regionais e também o cultivo de valores como a
liberdade, autonomia, solidariedade, responsabilidade social e o
autoconhecimento.
Do Maranhão, serão apresentados
“Velhos caem do céu como canivetes”, dia 8 na sede da Pequena Companhia de
Teatro (Praia Grande) e o show com a cantora Núbia, dia 10, às 19h, na Praça
Nauro Machado, no mesmo bairro. O espetáculo “Velhos Caem do Céu Como
Canivetes” é livremente inspirado no conto “Un señor muy viejo con unas alas
enormes”, de Gabriel García Márquez. Com dramaturgia e encenação de Marcelo
Flecha, a narrativa apresenta duas personagens em permanente exercício
dialético: um Ser Humano, representado pelo ator Cláudio Marconcine, e um Ser
Alado, representado pelo ator Jorge Choairy.
Serviço
O
quê
Lançamento do projeto Sesc Amazônia
das Artes
Quando
Hoje, às 19h30
Onde
Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol)
Entrada
franca
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