Terminado neste sábado, 2, o prazo de filiação partidária para os que
pretendem disputar as eleições de outubro, o quadro eleitoral em São Luís
praticamente se definiu, com pelo menos 14 pré-candidatos. Nem todos,
obviamente, entrarão de fato na disputa, mas sairá deste grupo o conjunto de
opções ao eleitor. Os dois últimos a anunciar a intenção de disputar a
Prefeitura da capital foram o vereador Roberto Rocha Júnior (PSB) e o deputado
estadual Wellington do Curso, trocou o PPS pelo PP.
A saída de Wellington garantiu também o retorno da deputada federal
Eliziane Gama ao PPS, partido em que estava desde sua primeira eleição – e
havia deixado para entrar na Rede Sustentabilidade. Eliziane também é candidata
a prefeita
Além desses três, estão praticamente confirmados na disputa o atual
prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), Bira do Pindaré (PSB), João Bentivi
(PHS), Rose Sales (PMB), Fábio Câmara (PMDB), Andréa Murad (PMDB) e também o
médico Zeluis Lago (PPL) além de prováveis candidatos do PSOL e PSTU.
A eleição na capital ainda deve ter um candidato do PSDB, que vem se
reorganizando para pleitear a vaga de Edivaldo Júnior. O partido tem o deputado
federal João Castelo, como opção, mas a tendência é que opte pelo deputado
estadual Neto Evangelista, que já manifestou à cúpula do partido o interesse em
entrar na disputa.
O vereador Roberto Rocha Júnior anunciou sua pré-candidatura ao afirmar
que vai disputar as prévias partidárias com o colega de partido e também
pré-candidato, Bira do Pindaré.
“Apesar de o deputado Bira do Pindaré também já ter apresentado seu nome
como pré – candidato à Prefeitura pelo PSB, sabemos que toda candidatura é um
processo democrático. E como percebo que o meu nome tem ganhado força entre as
lideranças do nosso partido, e como sou o único vereador pelo PSB na capital,
isso me legitima a deixar meu nome à disposição da legenda como mais uma opção
que o partido terá de consolidar o seu projeto na eleições municipais desse ano
na nossa capital”, anunciou o vereador.
Já Wellington do Curso, que escolheu o PP, disse em visita rápida a
Câmara Municipal de São Luís que estava trocando de partido porque tem o
projeto político em 2016 de disputar a Prefeitura de São Luís como uma opção
aos nomes já apresentados até o momento.
Aos vereadores presentes, Wellington pediu atenção e disse que queria
reunir com cada parlamentar para mostrar seu projeto para a capital e assim
buscar apoio.
Outros pré-candidatos já estão em busca de apoio como é o caso da
deputada federal Eliziane Gama e do médico João Bentivi, que andam se reunindo
e conversando com vereadores.
A vereadora Rose Sales, que se elegeu pelo PCdoB, em 2012 – na base do
prefeito Edivaldo Júnior – passou pelo PP, pelo PV e agora está no PMB, em
busca de apoios partidários para o pleito.
O prefeito Edivaldo Júnior também articula e tenta manter os apoios já
garantidos principalmente de sua base na Câmara Municipal. Além disso, o gestor
ainda tenta manter ao seu lado partidos que o ajudaram a se eleger em 2012.
Um dos primeiros a anunciar a pré-candidatura foi o médico Zeluis Lago,
que em 2014 disputou o governo estadual. Para garantir sua candidatura, Lago
trouxe a São Luís o presidente nacional do PPL que, na época, garantiu que
apoiam de forma incondicional a candidatura a prefeito da capital de Zeluis.
João Bentivi também anunciou sua pré-candidatura no início do ano
passado. Mudou de legenda, mas mantém a intenção de entrar na disputa.
Mais
O PSOL e o PSTU ainda não definiram se farão uma frente de esquerda
lançando somente um candidato ou se cada um lançará candidato próprio. No PSOL,
o candidato mais provável é o seu presidente regional, advogado Antônio
Pedrosa. Já no PSTU, a candidatura mais provável é a do servidor público Saulo
Arcangelli, embora o partido discuta os nomes de Luiz Noleto e Marcos Silva,
lideranças históricas da legenda.
PMDB, PSDB e PSB podem precisar de
prévias
Legendas têm pelo menos dois nomes
interessados na disputa, o que obrigará os interessados a se submeterem à
decisão dos correligionários
Pelo menos três das principais legendas
maranhenses ainda não definiram seus candidatos a prefeito por que há mais de um
interessado na disputa. Estes partidos – PMDB, PSDB e PSB – poderão ser
obrigados a realizar prévias para escolher seus nomes à disputa.
No PMDB, são candidatos a prefeito a
deputada estadual Andrea Murad e o vereador Fábio Câmara. Andrea conta com o apoio
do também deputado e ex-presidente municipal da legenda, Roberto Costa. Câmara,
que ocupa hoje o posto de Costa no diretório, tem o apoio declarado do senador
João Alberto de Sousa, que dirige a legenda.
Especulava-se que Andrea poderia deixar
o partido, mas ela optou por ficar, o que torna obrigatória uma reunião para
definir o nome da legenda.
Mais complicada ainda é a situação de
Bira do Pindaré no PSB. Principal liderança nacional da legenda, o senador
Roberto Rocha deixa claro que não concorda com a candidatura do deputado.
Primeiro, Rocha lançou-se pré-candidato a prefeito e depois tentou atrair
Eliziane Gama, que não se arriscou á briga com Bira. Agora, o senador tem o
próprio filho como pré-candidato. A briga no PSB será feia pela candidatura
Já no PSDB, o deputado estadual Neto
Evangelista ganhou mais força nas últimas semanas, apesar de passar quase um
ano sem tratar de eleição. Ele tem a simpatia da cúpula do partido, que não
quer a candidatura de João Castelo. Evangelista e Castelo podem ter que
conversar para evita que a escolha do candidato tucano vá para uma convenção.
Os partidos tem entre o dia 2º de julho
e 5 de agosto para realizar umas convenções, de acordo com as novas regras
eleitorais. Até lá, cada partido fará seu debate interno para escolha do
candidato.
Mais
Em crise de credibilidade nacional, o PT de São Luís ainda tenta
encontrar um rumo para as eleições de outubro. Sem nome que consiga envergar a
bandeira partidária – e visto como uma espécie de “patinho feio”, diante do
desgaste enfrentado pela presidente Dilma Rousseff – a legenda ainda tenta se
apresentar como alternativa para composição de chapas. Já conversou com o
prefeito Edivaldo Júnior, com a deputada Eliziane Gama e com o vereador Fábio
Câmara. Com nenhum conseguiu espaço suficiente para fechar indicação de vice. O
mais provável é que o PT saía com capa de vereadores, em uma coligação que
possa, pelo menos, manter sua representatividade na Câmara Municipal.
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