Centro de Cultura inaugura neste domingo, 17 de abril
Cantora Luciana Pinheiro, artista convidada
Um espaço plural, aberto para as mais diversas manifestações artísticas e que traz novas perspectivas culturais para o coração de São Luís. Assim pode ser definido o Centro Multicultural Upaon-Açu - Re(o)cupa, que inicia as suas atividades, no próximo domingo,17, a partir das 11h estendendo-se pela tarde e noite, com uma variada programação, com direito a shows musicais, uma exposição de lambe-lambe, além de outras atrações.
Para o dia de estreia, foram convidados diversos artistas: Luciana Pinheiro e Seus Camaradas do Samba; DJ Pedro Dread Locks; performer Tieta Macau; Maria Zeferina, com a instalação Marias; Maratuque Upaon-Açu; Sulfúrica Billi; e Coletivo Gororoba.
A ideia de criação de uma casa de cultura surgiu de um grupo de amigos, que resolveu investir tempo e dedicação para o projeto sair do papel. “A nossa motivação maior foi a vontade de reocupar o Centro Histórico, daí o nome da nossa casa. Mas não é ocupar simplesmente por ocupar. É retornar ao centro trazendo arte, cultura, economia criativa, consciência social, ambiental, diálogo com a comunidade, entre outras pautas diversas que guiam as nossa ações”, afirma Deuza Brabo, uma das idealizadoras do projeto.
Re(o)cupa: um casarão, múltiplos espaços
A sede do Re(o)cupa, um casarão amarelado, localizado na Rua Afonso Pena, nº 20 (ponto de referência é o final da Rua Grande, sentido Deodoro/Praia Grande), foi dividido em três ambientes, não limitados fisicamente, que se comunicam para propor uma experiência diferenciada para quem visita: A Casa Fala, Mercado das Pulgas e Rangar.
A casa fala é o local para artistas desenvolverem exposições de trabalhos. Um setor de utilidades diversas como: residência artística, mini feira de livros, saraus, encontros literários, oficinas, cineclube, debates sobre os mais variados temas e definições de ações para reocupar com arte a Ilha de Upaon-Açu. Além disso, visa conversar com a comunidade sobre economia sustentável, saúde, arte em várias linguagens e principalmente estratégias de ocupação do Centro Histórico, minimizando as mazelas do abandono.
O segundo ambiente da casa é o Rangar: local em que comidas vegetarianas e veganas poderão ser apreciadas, propiciando uma alimentação mais saudável aos visitantes. No Rangar a ideia é promover também uma feirinha orgânica com agricultores da Baixada, fugindo dos alimentos com agrotóxicos e dos geneticamente modificados, valorizando e encurtando, assim, a distância com o pequeno produtor.
Por último, voltado para a economia criativa, a casa conta com o espaço Mercado das Pulgas. Local para se pensar em minimizar os impactos do consumismo exacerbado, direcionado peças em bom estado e baratas para serem reaproveitadas por novos usuários. Artigos seminovos, como livros, CD's, discos, fotos, artes plásticas e todas as formas de cultura para consulta e venda.
Instalação Marias
Paralelamente às atrações musicais, a inauguração vai contar com a instalação “Marias”, da artista e designer Maria Zeferina. O trabalho é composto por 10 imagens de mulheres, usando a técnica lambe-lambe, a partir de fotografias e manipulação de imagens em programas gráficos.
“O projeto começou a acontecer há seis meses, ao mesmo tempo em que fui percebendo como as mulheres que estavam próximas de mim interferiam no meu aprendizado e evolução enquanto ser humano, interferindo no trabalho que estou realizando, agora estimulado a sair do papel através do convite do centro cultural”, explica a artista. Maria Zeferina é curitibana e há quatro anos mora em São Luís.
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