JP TURISMO – 21 ANOS Jornal atinge a maioridade e segue a sua trajetória na imprensa maranhense
Gutemberg Marques Bogéa - Editor do JP Turismo
Eram os primeiros dias do outono de 1995. As
folhagens secas caíam pelas praças de São Luís, que ainda não sofriam com a
invasão do comércio informal e nem com as pedras de cantaria arrancadas de seu
tempo!!!
Na linda Praça do Pantheon, os bustos dos
imortais se compenetravam diante de tamanha e majestosa Biblioteca Benedito
Leite, como se dissessem para os que ali passavam: “Eis aqui a minha história,
basta ler o meu nome e adentrar o palácio da leitura para conhecer a minha
trajetória!”.
Uma trajetória que todo homem precisa ter para
marcar sua passagem na história e ter seu nome gravado na memória. Por ali, a
primeira equipe do JP Turismo, formada por Gutemberg Marques Bogéa,
diretor-geral e editor; Alteré Bernadino, diretor de redação e jornalista; José
Gomes (Peninha), diretor de artes e diagramador e Afonso Henrique Neves
Bezerra, pesquisador (falecido em 11/09/2015). Eles colhiam as últimas
informações da manhã de pautas do dia 22 de março, daquelas que seriam as
últimas notícias veiculadas na primeira edição do JP Turismo, no dia 23 de
março 1995.
A HISTÓRIA DO JPT - O JP Turismo surgia no
jornalismo maranhense numa quinta-feira - dia da semana em que durante anos
esteve encartado no Jornal Pequeno e que permanece até hoje às sextas-feiras -,
com a vontade destes quatro rapazes de divulgar cada vez mais o turismo
existente no Estado e a cultura diversificada e peculiar do Maranhão, que
sempre foi destaque no país por onde quer que fosse vista, ainda mais quando
visitantes vinham conhecer o Maranhão e ficavam boquiabertos com o que viam por
estas bandas.
Uma história de talentos, força rítmica,
belezas naturais, histórias, lendas, gastronomia, artesanato, arquitetura,
raízes e tradições seculares a serem divulgadas que mantinham o Maranhão na
curiosidade do povo brasileiro.
UM PASSADO RELUZENTE - São Luís mantinha
intacta sua história, com a elegância de seus sobrados e as vestimentas de sua
cultura popular, bela e autêntica, poeticamente vislumbrada pelos turistas que
por aqui passavam, entre seus becos e ladeiras, caminhos percorridos por negros,
brancos e índios das mais diferentes etnias e nacionalidades. Caminhar nas ruas
da cidade de São Luís era como viajar no tempo, atravessar a Rua Grande da
Praça João Lisboa ao Canto da Viração com a Rua do Passeio, próximo a Praça
Deodoro, era o passeio predileto dos ludovicences, principalmente moradores do
centro e bairros que circundam este patrimônio dos maranhenses.
A limpeza das ruas, as iluminações fortes em
praças, ruas e logradouros nas décadas de 70 e 80 – com luzes incandescentes, e em alguns lugares fluorescentes, nem se comparavam a
iluminação atual em Mercúrio, já ultrapassada -, quando mesmo agora no século
XXI, ainda não vimos à introdução de
lâmpadas de vapor metálico (brancas), e Led (brancas) que muito ajudariam na
qualidade da iluminação no centro da cidade. É possível se ver na parte mais
moderna de São Luís as novas iluminações e em apenas dois postes novos no
estacionamento da área do Projeto Reviver a novidade, o que nos dá a dimensão
positiva de como ficaria este trabalho realizado em toda extensão do Centro de
São Luís.
As vitrines ao longo de toda Rua Grande - Rua
Oswaldo Cruz, outrora chamada de Caminho Grande -, emolduravam as lojas,
comércios e estabelecimentos mercadológicos, com suas calçadas largas e vias
para veículos dando um aspecto de beleza e movimentação que mostram, hoje, que
nem todo lugar poderia ser fechado para o trânsito de veículos, pois corre o
risco do abandono e degradação, como aconteceu no local e em suas transversais
ocupadas pelo comércio também informal, bloqueando a passagem de veículos que
com certeza ajudariam a mobilidade urbana no Centro da cidade, tendo em vista
que cada uma das transversais tem uma ligação com ruas que desafogariam o
trânsito em todas as extensões adjacentes.
A REALIDADE DO PRESENTE - Ao longo
das últimas décadas e destes 21 anos do JP Turismo, o que se viu e hoje se vê,
é um caminho sombrio nos monumentos e locais antes ocupados por um comércio
pulsante e por turistas, onde o que deveria ser o futuro se deforma na
inquietude daqueles que não preservam o passado e prejudicam uma cidade
permeada por pessoas que não sabem o que fazer no presente. Isto pela
inexistência de um estudo planejado que possa fazer transparecer quaisquer
perspectivas futuras positivas para São Luís. O abandono é total, basta se
percorrer a cidade no seu sítio histórico, principalmente na parte da noite,
para se presenciar o perigo presente até na atmosfera noturna, outrora viva de
poesia, música, história e luzes vibrantes proporcionadas pela energia positiva
de sua gente.
O JP Turismo, sim, conhece a sua história,
propõe parcerias, busca aglutinar forças para fortalecer as raízes maranhenses,
e em suas pautas coloca como sinalização as mazelas que fazem a cidade de São
Luís caminhar para o caos da urbanização, tentando a todos os custos mostrar o
que existe de errado, por sentir não haver outra forma de fazer chegar às
autoridades o que aqui vem acontecendo em matéria de degradação. Não com a
intenção de prejudicar algo ou alguém em suas administrações ou probabilidades
eleitorais futuras, e sim com a mentalidade de colaborar para a melhoria de uma
cidade que mesmo com o tempo irá permanecer viva, o que com certeza não
acontecerá com o homem. Então, que o pensamento seja para as futuras gerações,
incluindo aí as suas descendências.
GRANDES NOMES DO JORNALISMO - Na redação deste
caderno, suplemento ou jornal, como queiram, já passaram nomes importantes do
jornalismo e jornalistas da nova geração como: Alteré Bernardino, Cunha Santos
Filho, Rui Barbosa, Wilson Marques, Henrique Bois, Izaurina Nunes, Marco Polo
Haickel, José Gomes (Peninha), Melquíades Gomes, Afonso Henrique Neves Bezerra,
José de Ribamar Sousa Reis (Trincheira da Maranhensidade), Cesar Belo, Gil
Maranhão, Joaquim Severiano (Prof.Bizú), Joel Jacinto, Arnaldo Moreira, Fernando
Borges, Ezeniel Salles, Mônica Moreira Lima, Larisse Araújo, Antonio Fonseca,
Bruno Leone, Paulo Melo Sousa, e tantos outros nomes entre jornalistas,
fotógrafos, gráficos que no jornalismo fizeram sua história e ainda escrevem
suas trajetórias.
Para o jornalista Alteré Bernardino, o JP
Turismo teve um papel importante na divulgação do turismo no Estado e no
Brasil. “Era uma nova fase de divulgação, por não haver um veículo destinado a
divulgação do turismo, e o JP Turismo veio preencher este espaço que faltava no
jornalismo maranhense”, ponderou Bernardino.
Durante todo este tempo, o JP Turismo foi
espaço aberto a denúncias, divulgações de notícias, informações e conceitos que
podem fazer mudar a sociedade através de ideologias, o que é dito por
jornalistas, intelectuais, escritores e formadores de opinião que tem no JP
Turismo um forte veículo de interação popular, um espaço onde o leitor pode
expor aquilo que lhe é pertinente, sem ser bloqueado por tendências partidárias
ou linhas editoriais criadas para confundir o verdadeiro sentido do jornalismo;
este de levar a informação ao leitor; informação essa, quando polêmica, capaz
de abrir espaço para uma discussão onde os lados interessados e envolvidos
possam expor a sua versão e o leitor possa tirar sua conclusão. O jornal pode
opinar, mas não como detentor da verdade, e, sim, como conciliador de uma causa
ou questão que lhe foi oferecida como notícia, podendo até tender, mas não por
imposição ou paixão e sim por equilíbrio de sua análise, ficando a critério do
leitor a sua opinião e posterior conclusão dos fatos, nunca esquecendo que o
poder de decisão cabe a justiça.
PRIMEIRA EDIÇÃO - “São José de Ribamar –
Santo de casa pode fazer milagres” com esta matéria da capa o JP Turismo lançou
sua primeira edição no mercado. A edição oferecia todos os atrativos turísticos
da cidade balneária de São José de Ribamar aos visitantes. Em destaque as ricas
potencialidades de sua culinária, belezas naturais, praias e arredores, além
das festividades tradicionais, como Festival do Peixe Pedra e Festejo do Santo
Padroeiro local. Batizada de Aldeia dos Índios Gamelas, São José dos Índios,
São José do Lugar e, posteriormente, São José de Ribamar.
Uma edição que colocou o JP Turismo como veículo de frente na divulgação
das potencialidades do estado. Foram, a partir daí, 1049 edições com os mais
diversos projetos gráficos até chegar a esta edição de número 1.050.
José Gomes, o Peninha, que ao longo de
muitos anos esteve nas redações de inúmeros veículos impressos da capital,
descreveu a trajetória do JP Turismo como um divisor de águas no setor
turístico maranhense. “A história do jornalismo de turismo no Maranhão passa ser
contado em dois períodos: O antes e o depois da primeira edição do JP TURISMO,
em 23 de março de 1995, tamanha a valorização dada por este veículo de
comunicação às nossas tradições, cultura e belezas naturais”, afirmou Peninha
Gomes.
NOVO PROJETO - Um novo projeto visual chega hoje ao
leitor, mais moderno, com uma padronização de colunas para melhor visualização
dos nossos articulistas, mais opções de anúncios para o mercado publicitário,
assim como fontes de maior impacto visual.
Atinge a maior idade com uma equipe preocupada
em levar ao seu público o que de melhor existe no turismo, cultura e
entretenimento, não deixando de opinar nas questões políticas que sufocam o
país na atualidade e que sempre foram discutidas nas páginas deste Suplemento,
hoje Semanário cada vez mais presente como leitura fiel dos nossos leitores e
futuros assinantes.
A FORÇA DE SUA EQUIPE - Uma equipe
que desvenda mistérios, lendas, maravilhas espalhadas não só pelo Maranhão, mas
também pelo mundo como a nossa jornalista e colunista Karine Baldez que assina
a coluna do mesmo nome viajando os mais diversos atrativos turísticos
existentes no planeta. A jornalista Vanessa Serra com seu “Diário de Bordo”
fincado nas raízes e tradições de uma cultura maranhense impar da federação brasileira,
sem deixar de levar ao leitor a modernidade dos ritmos assimilados pelo povo do
Maranhão.
Um time polêmico, que tem no jornalista
Herbert de Jesus Santos, a figura do Negro Cosme como gancho para o fim da
escravidão a que o Maranhão ainda se encontra, tudo isso em seus artigos
ecoados em seu “Sotaque da Ilha”.
José Figueiredo, homem simples que adotou São
Luís como sua cidade natal e aqui desmontou e guardou sua bagagem, ajudando a
fundar entidades e associações que hoje fazem parte da cadeia do turismo. O
homem de coração bondoso da coluna “Turismânia” e que não abre mão de divulgar
o turismo como palavra forte para ajudar o ser humano a conhecer a si próprio.
O trabalho reconhecido do advogado Mozart
Baldez, que depois de mais de um ano colaborando com o JP Turismo, passa a
assinar hoje a Coluna Data Vênia, com direitos e deveres que podem ajudar a
sociedade na luta contra a corrupção e por um país que precisa ser passado a
limpo.
JP Turismo, uma maneira natural de se fazer
jornalismo com a seriedade, profissionalismo, determinação e perseverança de 21
anos ininterruptos dedicados ao turismo local, nacional e internacional. Uma
história de luta que nos engrandece e nos coloca mais vontade de lutar por um
jornalismo justo e competente.
0 comentários:
Postar um comentário