Festival Ópera na Tela exibe hoje e manhã, no Cine Lume, as obras “Rigoletto” e “O barbeiro de Sevilha”, respectivamente, às 21h
Essa é
para quem gosta de música erudita e cinema. O Festival Ópera na Tela, mostra
inédita e itinerante totalmente dedicada ao gênero, chega a São Luís, mais
especificamente no Cine Lume. A programação, que começou semana passada,
destaca hoje sessão de “Rigoletto”, de Verdi, e amanhã, “O barbeiro de
Sevilha”, de Rossini, sempre às 21h.
De acordo com Davi Coelho, diretor artístico do Cine Lume, serão
exibidas, durante a mostra, sete óperas. “São duas por semana e estamos fazendo
sempre às sextas e sábados à noite, com uma ópera por dia”, detalha Davi
Coelho. A programação continuará semana que vem, mas as obras ainda não foram
divulgadas.
Integram a programação as óperas “Aida”, de Verdi; “Alceste”, de
Gluck; “O barbeiro de Sevilha”, de Rossini; “Os Capuleto e os Montéquio”, de
Bellini; “Carmen”, de Bizet; “A flauta mágica”, de Mozart; e “Rigoletto”, de
Verdi.
A mostra tem como objetivo proporcionar uma experiência às
plateias das montagens mais grandiosas do gênero operístico bem como incentivar
a democratização dessa linguagem musical, por meio de ferramentas digitais de
projeção. O lançamento do projeto ocorreu ano passado, no Rio de Janeiro e as
obras deverão ser exibidas em várias cidades do Brasil até junho deste ano.
As óperas que estão em cartaz foram filmadas em apresentações em
espaços como Teatro Alla Scala de Milão, Teatro Real de Madri, Ópera de Paris,
Ópera de Lyon, entre outros.
Programação- Hoje
será exibido “Rigoletto”, de Giuseppe Verdi. Trata-se de uma ópera em um
prólogo e três atos cantada em italiano. Com duração de duas horas, “Rigoletto”
foi composta por encomenda do teatro La Fenice, em Veneza e estreou em 1851. O
título abre a grande trilogia do sucesso verdiano, logo seguido, em 1853, por
“Il Trovatore” e “La Traviata”. Seu libretista, Francesco Maria Piave, é um
parceiro de confiança do compositor tanto pelas qualidades poéticas e técnica
apurada como pela capacidade de atender às exigências estruturais de Verdi.
A ópera foi baseada na peça de Victor Hugo, “Le Roi S’Amuse”,
censurada após a primeira récita. Proibida na França, ameaçada de censura pelos
austríacos que, na época, controlavam os teatros do norte da Itália, a ópera
retrata um duque, não mais um rei, e sua corte. Todos são devassos e covardes
em dois sentidos, na humilhação e no uso dos mais humildes e na subserviência
aos mais poderosos. Os homens comuns que, como Rigoletto, pensam que por
estarem próximos da nobreza, lhes é permitido algum tipo de intimidade, são
destruídos.
Na ópera de Verdi - e não raro no cinema e na tevê até hoje -, o
vilão é repulsivo assim como o herói é atraente; um é perverso e o outro é
piedoso. Mas em “Rigoletto”, os personagens não são apenas bons ou maus, mas
moralmente ambíguos, modernamente complexos.
Amanhã, será a vez de “O barbeiro de Sevilha”, de Gioacchino
Rossini. A ópera foi concebida como teatro musical e teve sua trilha original
composta por Antoine-Laurent Baudron. Depois de muitos problemas legais e
políticos, Fígaro chegou ao público em 1775, na Comédie-Française. A estreia
teve uma recepção fria, mas após algumas alterações o sucesso consagrador veio
a partir da terceira récita.
Serviço
O quê
Festival Ópera na Tela
Quando
Hoje e amanhã, às 2hh
Onde
Cine Lume, Renascença
Ingressos
R$ 20,00
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