Cine Praia Grande exibe filmes que retratam o contexto do Brasil durante a Ditadura Militar
Horrores
da Ditadura no cinema
O Cine Praia Grande
exibe, de domingo a quarta-feira, filmes que retratam o contexto do Brasil
durante a Ditadura Militar; sessões serão às 18h e são gratuitas.
Analisar a censura e
a violência da Ditadura Militar que se instalou no Brasil em 1964 por meio do
cinema. Essa é a proposta da mostra que será apresentada de domingo (27) a
quarta-feira (30), no Cine Praia Grande. O projeto é uma iniciativa do cinema
com a Cantaria Filmes, Cineclube Amarcord e Petrini Filmes e tem sessões
gratuitas sempre às 18h.
O
filme que abrirá a mostra será “Batismo de Sangue”, de Helvécio Ratton. A obra,
de 2006, é protagonizada por Caio Blat, Ângelo Antônio e Daniel Oliveira. A
trama se passa em São Paulo no fim dos anos 1960. Movidos por ideais cristãos,
os freis Tito (Caio Blat), Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo
Antônio), Fernando (Léo Quintão) e Ivo (Odilon Esteves) passam a apoiar o grupo
guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella (Marku
Ribas). Eles logo são vigiados pela polícia e, posteriormente, presos, passando
por terríveis torturas que deixam traumas profundos para toda a vida dos freis
que foram torturados pelo Regime Militar.
Na
segunda-feira (28), será exibido uma das obras-primas do cineasta Eduardo
Coutinho. Trata-se de “Cabra Marcado para Morrer”. O documentário conta a
história do líder camponês João Pedro Teixeira, assassinado no início da década
de 1960 por ordem de latifundiários do Nordeste. As filmagens de sua vida,
interpretada pelos próprios camponeses, foram interrompidas pelo golpe militar
de 1964. Dezessete anos depois, o diretor retomou o projeto e procura a viúva
Elizabeth Teixeira e seus 10 filhos, espalhados pela onda de repressão que
seguiu ao episódio do assassinato. O tema principal do filme passa a ser a
trajetória de cada um dos personagens que, por meio de lembranças e imagens do
passado, evocam o drama de uma família de camponeses durante os longos anos do
regime militar.
Premiado - Com prêmio no
Festival Internacional de Berlim, de 1997 e indicação na categoria de Melhor
Filme Estrangeiro, no Oscar de 1998, o filme “O que é isso, companheiro? ”, do
cineasta Bruno Barreto, foi inspirado no livro homônimo de Fernando Gabeira. Na
trama, o jornalista Fernando (Pedro Cardoso) e seu amigo César (Selton Mello)
abraçam a luta armada contra a ditadura militar no final da década de 1960. Os
dois se alistam num grupo guerrilheiro de esquerda. Em uma das ações do grupo
militante, César é ferido e capturado pelos militares. Fernando, então, planeja
o sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick
(Alan Arkin), para negociar a liberdade de César e de outros companheiros
presos.
Encerrando
a programação na quarta-feira (30) será exibida a produção de Anita Leandro,
“Retratos de Identificação”. O documentário trata dos presos políticos na época
da ditadura militar, que eram fotografados em diferentes situações: desde
investigações e prisões até em torturas, exames de corpo de delito e
necropsias. Hoje, dois sobreviventes à tortura veem, pela primeira vez, as
fotografias relativas as suas prisões. Antônio Roberto Espinosa, o então
comandante da organização VAR-Palmares, testemunha sobre o assassinato de Chael
Schreier, com quem conviveu na prisão. Já Reinaldo Guarany, do grupo tático
armado ALN, relembra sua saída do país em 1971, em troca da vida do embaixador
suíço Giovanni Bucher, conta como foi sua vida no exílio e fala sobre o
suicídio de Maria Auxiliadora Lara Barcellos, com quem vivia em Berlim. Com
essas revelações e testemunhos, segredos de um passado obscuro do país voltam à
tona.
Serviço
O quê
Mostra
sobre a Ditadura Militar
Quando: De domingo (27) a
quarta-feira (30)
Onde: Cine Praia Grande, às
18h Sessões gratuitas
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