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Homenagem à obra de Antônio Rayol em concerto
Peças dos compositores Alberto Nepomuceno e Alberto Costa também serão apresentadas.
Evandro Júnior
Da equipe de O Estado
03/05/2013 

O projeto Sesc Partituras, cuja proposta é reunir vasto acervo com músicas em seu estado primário e organizadas em uma biblioteca digital e gratuita, terá lançamento em São Luís na noite de hoje, às 19h30, em evento a ser realizado na Escola de Música do Estado do Maranhão Lilah Lisboa de Araújo (Rua do Giz, Centro). Aqui, a homenagem será à obra do compositor, tenor, violinista e regente maranhense Antônio Rayol, cujas partituras foram digitalizadas e estão disponíveis no site do projeto.
A homenagem à obra de Antônio Rayol será feita pelo coral Arte-Canto e o concerto terá ainda a participação de convidados como o tenor Sérgio Pacheco, a pianista Andréa Lúcia Rodrigues, o violonista Manoel Mota, o barítono Gilvan Oliveira Ferreira e a soprano Maria Itskovich. Peças do cearense Alberto Nepomuceno e do carioca Alberto Costa também serão apresentadas. A regência geral ficará aos cuidados do professor Simão Pedro Amaral.
O coral Arte-Canto foi criado em 2000 e é dirigido desde a sua criação pelo professor de canto, arte-educador, artista plástico, poeta e pesquisador Simão Pedro. A coordenação é da professora e cantora lírica Maria de Fátima do Espírito Santo. Segundo Simão Pedro, serão apresentadas uma peça de Alberto Nepomuceno e uma de Alberto Costa, mas a obra principal será a Missa Solene, de Antônio Rayol. A obra está dividida em partes: Kirie, Glória, Credo, Sanctus, Benedictus, Quitolli, Gratias e Crucifixus.
Essas partes serão intercaladas por solos, um dueto, um trio e um quarteto, a exemplo de Laubamus te, solo da soprano Maria de Fátima do Espírito Santo, acompanhado de violino e piano, com a pianista Andrea Lucia Rodrigues. Gratias aginus pibi, por sua vez, é um solo a ser apresentado por Sérgio Pacheco. Gilvan Oliveira apresentará solo de Pui Tellis e o próprio Simão Pedro apresentará Cruxifixus e Domine Deus.
Rayol - Nascido em 1855, Antônio Rayol foi compositor, tenor, violinista e regente. Aos 6 anos, ele já cantava em igrejas, com o registro de tenor. Aos 13, lecionava teoria musical, na Casa Educandos Artísticos, na capital maranhense. Em 1879, aos 24 anos, ele transferiu-se para o Rio de Janeiro, para participar de concurso que selecionava tenores.
O compositor obteve o primeiro lugar e recebeu bolsa de estudos para aperfeiçoar-se na Itália. Lá, durante dois anos, fez cursos de canto com Alberto Giannini e de harmonia e composição com Vincenzo Ferroni. Na Europa, escreveu algumas composições, que foram editadas na Itália, além de uma ópera inédita, em homenagem a um membro da casa real italiana. Por ocasião da celebração do centenário de Gioacchino Rossini, Rayol classificou-se em quinto lugar em concurso de canto do qual participaram alguns dos mais famosos cantores da época.
De volta ao Rio de Janeiro, foi vice-diretor e professor da recém-criada Academia de Música. Em 1891 retornou ao Maranhão, dando vários recitais de canto, em São Luís e em Belém do Pará. Em julho de 1893, apresentou-se na tríplice função de cantor, regente e compositor, na estreia de sua obra intitulada Missa Solene, apresentada na igreja da Imaculada Conceição, em São Luís do Maranhão.
Um ano depois, Antonio Rayol regeu outras peças de sua autoria, entre as quais a Quarta Sinfonia Originale, para flauta, cordas e piano, Preghiera, para violoncelo e piano, e a Grande Tarantela, para piano solo. Em 1894, foi convidado para lecionar violino e canto em Recife; esteve também em Salvador, onde deu aulas no Conservatório de Música da Bahia.
De volta a São Luís, ele organizou os Pastores Líricos, entidade empresarial e artística dos cantores desempregados. Em 1901, criou a Escola de Música do Maranhão, da qual foi o primeiro diretor e professor de canto. Deu melodia ao Hino do Estado do Maranhão, cuja autoria é do compositor Antônio Baptista de Godois. Em 1905, foi ao Rio de Janeiro para lecionar canto no Instituto Nacional de Música, mas faleceu dentro de poucos meses, aos 50 anos de idade.
Alberto Costa- O carioca Alberto Costa tornou-se conhecido especialmente entre décadas de 1920 e 1930. Compôs valsa no piano e óperas: estas especialmente para a soprano fluminense Bidu Sayão, que interpretou muitas de suas canções. Produziu a ópera em um ato Sóror Madalena, com libreto do próprio autor e orquestração do maestro Luigi Ricci. A estreia foi dia 3 de agosto e a ópera foi apresentada duas vezes em 1926, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Nepomuceno-Considerado o pai da canção de câmara brasileira, Alberto Nepomuceno foi compositor, organista e pianista. Iniciou seus estudos em Recife (PE), e apesar de ter concluído sua formação na Europa, sempre valorizou o idioma, a cultura e a música de seu país de origem.
Nepomuceno estudou em Roma, Berlim e Paris e ao voltar ao Brasil, em 1895, começou a dar aulas no Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro e se tornou diretor e regente da Sociedade de Concertos Populares. Lá, produziu sua Série Brasileira sobre temas populares nacionais. Foi autor de óperas e sinfonias e nomeado diretor do Instituto Nacional de Música (1902-1916) e é o patrono da cadeira nº 30 da Academia Brasileira de Música.

Mais

O projeto Sesc Partituras é uma fonte de pesquisa para quem procura conhecer a escrita musical desde o período colonial até os dias atuais. O processo de digitalização dos materiais teve início em 2007 e contou com computadores programados para trabalhar com editoração.
Para aumentar o alcance do projeto, um site com sistema de busca
foi criado (www.sesc.com.br/sescpartituras/compositores).
Nesse site, é possível localizar os arquivos tanto por título da obra quanto pelo nome do compositor. Utilizando eficiente sistema de busca, o site permite a visualização e impressão integral das obras catalogadas e a audição da maioria delas, oferecendo importante suporte a músicos, estudantes de música e pesquisadores.
Quem acessar o site do Sesc Partituras poderá fazer o
download das obras gratuitamente, sem restrições, uma vez que todo o conteúdo pertence ao domínio público. Porém, adaptações e gravações sonoras de alguma das músicas necessitam
de negociação direta com os representantes das mesmas.

Serviço

• O quê
Concerto do projeto Sesc Partituras
• Quando
Hoje, às 19h30
• Onde
Escola de Música do
Estado do Maranhão Lilah Lisboa de Araújo
• Entrada franca

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