Longa metragem “No Palco com Aldo Leite” acontece no Teatro Arthur Azevedo, nesta quarta-feira, dia 23.
Nesta quarta-feira, dia 23 de maio tem estreia
nacional no palco do Teatro Arthur Azevedo, o documentário em longa metragem NO PALCO COM ALDO LEITE, filme que foi
rodado em 2016, em São Luís/MA, com Roteiro e Direção de Inaldo Lisboa,
produção Inaldo Lisboa, Guarnicê Produções, MAVAM e SYNC CULTURAL, Direção de
Fotografia Evandro Martin, Direção de Som, Montagem e Edição Edemar Miqueta,
Assistência de Direção, Edemar Miqueta e Lio Ribeiro e Assistência de Produção
Charles Melo.
O filme reúne um grupo de artista
amigos muito próximos e parceiros de palco do teatrólogo maranhense Aldo Leite,
para a celebração de uma vida dedicada ao teatro e de muitas histórias
vivenciadas nos bastidores e no movimento teatral.
Desse grupo de amigos foram
selecionados Lúcia Nascimento, Estrelinha, José Ignácio, Tácito Borralho,
Miguel Veiga, Domingos Tourinho, Lúcia Nascimento, Nerine Lobão e Zelinda Lima.
Certamente o círculo de amizades e vivências teatrais de Aldo Leite não se
restingue somente a essas pessoas, todavia houve a necessidade de que se
fizesse essa delimitação para que o filme pudesse dar conta de seu objetivo.
A trilha sonora do filme foi feita pelo
compositor e cantor maranhense Josias Sobrinho, que também foi parceiro de Aldo
em várias produções teatrais.
Aldo Leite é um homem de teatro,
linguagem artística que ele conhece muito porque teve uma grande prática como
dramaturgo, diretor, ator, figurinista, produtor e presidente da antiga Federação de Teatro do
Maranhão (FETEMA), junta a essa atividade também foi professor e coordenador do
curso de Educação Artística (atual Licenciatura em Teatro) da Universidade
Federal do Maranhão - UFMA. Exerceu ainda cargos públicos, foi presidente da
antiga Maranhão Turismo - MARATUR e da Fundação Cultural de São Luís - FUNC.
Aldo Leite é de Penalva, Maranhão, mas
deste adolescente veio morar em São
Luís. Na capital começou a fazer teatro com Ubiratan Teixeira, depois passou a
fazer parte do Teatro Experimental Maranhense – TEMA, dirigido pelo célebre
Reynaldo Faray. Foi para São Paulo, estudou na Escola de Comunicação e Arte da
USP, onde também fez mestrado. Nessas idas e vindas entre São Luís e São Paulo,
fundou o MUTIRÃO, um dos grupos responsáveis pela inserção no Maranhão no
movimento teatral brasileiro nos anos setenta e oitenta.
Aldo Leite teve sua consagração
nacional com a montagem da peça TEMPO DE
ESPERA, que ele escreveu, dirigiu e montou com o grupo MUTIRÃO. Essa
produção teatral representou o Maranhão em Festivais de Teatro no Brasil e foi
selecionada para representar o Brasil no Festival de Teatro de Nancy, na
França. Depois dessa apresentação o grupo fez apresentações em vários países da
Europa. Também fez temporada em alguns estados brasileiros.
Com esse espetáculo Aldo Leite recebeu
vários prêmios, dentre eles os mais importantes da época: prêmio MAMBEMBE,
prêmio APCTA (Associação Paulista de Críticos Teatrais) e o maior de todos,
prêmio Moliere, como melhor diretor.
Aldo Leite também teve importantes
participações no cinema nacional. Atuou nos filme Carlota Joaquina: princesa da Brasil, dirigido por Carla Camurati,
considerado a obra que fez ressurgir o cinema brasileiro depois que este passou
por um período de ostracismo. Também atuou em O Dono do Mar e Chatô: Rei do Brasil.
NO
PALCO COM ALDO LEITE,
parte de um sonho do dramaturgo Inaldo Lisboa de ver documentada em audiovisual
a trajetória desse grande artística que marcou uma geração e é uma referência
para o fazer artística no Maranhão e no Brasil.
Desde que começou a participar do
movimento teatral maranhense, Inaldo Lisboa havia se encantado com a carreira
de Aldo Leite e com as pessoas que o acompanham nas suas encenações, marcadas
por grande qualidade artística, cuidadoso acabamento cênico e muito
profissionalismo com o fazer teatral. Também como aluno de Aldo Leite no Curso
de Educação Artística com Habilitação em Artes Cênicas na Universidade Federal
do Maranhão e bolsista e orientando do projeto Memórias do Movimento Teatral
Maranhense, financiado pelas CAPES/CNPq, ouviu muitas histórias das tantas que
Aldo contou e conta, porque além de grande dramaturgo/ator ele é também um
grande contador de histórias reais, todas vivenciadas por eles e seus amigos de
palco num período vigoroso do teatro no Maranhão.
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