Jornalistas articulam novo modelo de conselho
Desta vez a Fenaj faz oposição à proposta
Mais de uma década após o veto à criação de um Conselho Federal de Jornalismo pelo então presidente Lula, a proposta voltou a ser articulada, agora por profissionais reunidos no grupo Jornalistas Pró-Conselho. A iniciativa foi lançada no último sábado, dia 28, em São Paulo.
Desta vez, porém, a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), entidade que havia apresentado a proposta em 2004, faz oposição à ideia.
Reclama da maneira como o debate ressurgiu --fora das organizações tradicionais da categoria-- e do rumo que o conselho estaria tomando
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"Onde está escrito que só pode haver discussão sobre problema dos jornalistas nos congressos da Fenaj? E os jornalistas não sindicalizados, que são, aliás, a maioria? A discussão tem que ser aberta", diz Fred Ghedini, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e agora um dos integrantes do novo movimento.
Celso Schröder, presidente da Fenaj, diz que sua prioridade agora é aprovar no Congresso Nacional, "nas próximas semanas", a Proposta de Emenda à Constituição que restaura a exigência de diploma para exercer a profissão. Ele prevê retomar depois a defesa do conselho, mas nos moldes anteriores.
Segundo Schröder, "parece que a ideia [do novo movimento] não é de ser uma autarquia, um conselho profissional nos moldes que já têm, por exemplo, médicos e engenheiros". Corre-se o risco, diz, de criar "conselhos conservadores, anti-sindicais, como ocorre em outros países".
Ghedini, hoje afastado do movimento sindical, responde que no grupo "parte defende [autarquia] e parte acha melhor um conselho associação civil, como é no Chile".
"Fico pensando que talvez fosse mais interessante o tipo chileno", diz. Como associação civil, a entidade poderia abranger jornalistas de modo "muito amplo", defende.
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