Sampaio Corrêa – 90 anos de glórias e conquistas

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Sampaio Corrêa – 90 anos de glórias e conquistas




José de Oliveira Ramos



Quem nos conhece, sabe que torcemos declaradamente pelo Maranhão Atlético Clube. Sabe, também, que não temos nenhum tipo de amizade com o senhor Sérgio Frota, atual presidente do Sampaio Corrêa e, mais ainda, sabe também que não pretendemos qualquer aproximação com o mandatário tricolor. Mas, esse é o homem, a pessoa. O profissional Jornalista age e pensa diferente, respeitando a todos, independentemente da cor da camisa.
Estaríamos assumindo publicamente o papel de idiota se, ainda que levemente, pretendêssemos desconhecer o valor e a competência do “atual comandante do avião Sampaio Corrêa”. Pior ainda, se, enquanto profissional da crônica esportiva, mesmo não comungando com a reconhecida prepotência do Senhor Sérgio Frota, se misturássemos as coisas e desconhecêssemos a grandeza e a importância do glorioso Sampaio Corrêa Futebol Clube, maior clube de futebol do Maranhão e um dos mais importantes do futebol brasileiro.

Infelizmente para o futebol do Maranhão, o Senhor Sérgio Frota que comanda ao seu estilo o Sampaio Corrêa, fazendo do tricolor um time vencedor, dedicando grande parte do seu provavelmente valioso tempo ao gerenciamento da “Bolívia Querida”, é também, presidente da Associação Maranhense de Clubes. E, a partir daí, inexplicavelmente e em vários momentos contradizendo e pondo em risco a sua competência, mistura tudo e não faz absolutamente nada de bom e prático em benefício dos associados. Mas isso é assunto para outra matéria especial.

O que nos traz até aqui, é a imperiosa necessidade de reconhecimento do valor do Sampaio Corrêa Futebol Clube para o futebol maranhense, e a chegada de uma data tão importante. Amanhã, 25 de março, a “Bolívia Querida” de tantos completa 90 anos de fundação. Noventa anos de glórias, arrebanhando grandes públicos aos estádios, somando valores e conquistas, representando sempre da melhor forma possível o futebol do Maranhão.
Quem conhece a história vitoriosa do Sampaio Corrêa, sabe que, durante esses 90 anos, também já aconteceram fatos que sequer devem ser lembrados. Crises internas aparentemente intermináveis que, felizmente, se transformaram em momentos tão gloriosos quanto as conquistas nos campos, quando os difíceis obstáculos foram ultrapassados sem deixar máculas.

Necessário se faz, até por obrigação e reconhecimento, lembrar aqui o trabalho inesquecível de alguns presidentes, entre os quais merecem destaque Pedro Vasconcellos, detentor dos números mais importantes na existência do Sampaio Corrêa, vencedor que chegou às conquistas sem poder contar com o apoio de muitos – exceção apenas à torcida que tem em “Pedrinho Bom de Bola” um verdadeiro ídolo – mas conseguiu sair incólume das dificuldades enfrentadas; Manoel Ribeiro, comandante maior da nau boliviana que conquistou o título brasileiro de 1997, colocando entre suas muitas conquistas a quebra de recorde do Castelão naquele ano.

Seríamos injustos se esquecêssemos nomes como Humberto Marçal Pestana Trovão, Djalma Campos, Marçal Tolentino Serra, Nelson Gama, Pinho, Ivan Gradim, Flávio Araújo, Rosclin Serra, Edmilson Gomes, Neguinho, Dolimar Nunes, Gojoba, Ivanildo, Ismael, Paulo Cabrera, José Ribamar Miranda Filho, Omena e tantos outros que alinharam e defenderam por anos e com dedicação a gloriosa camisa da “Bolívia Querida”. (JOR).

Origem - Todos sabem que o nome Sampaio Corrêa surgiu em homenagem ao hidroavião Sampaio Corrêa II, que aportou em São Luís no dia 12 de dezembro de1922, tendo o comando do piloto brasileiro Pinto Martins e do americano Walter Hinton. O avião tinha sido doado e por isso levava o nome - pelo senador carioca José Mattoso de Sampaio Corrêa, presidente do Aeroclube Brasileiro.

Os dois pilotos tentavam realizar a primeira ligação aérea entre as Américas, levantando voo dos Estados Unidos para o Brasil. A vestimenta dos pilotos também deu origem ao primeiro uniforme do clube, pois o brasileiro usava camisa verde e amarela, em linhas verticais e o americano nas cores verde e branca. Ambos vestiam calças cáqui. Estas cores foram utilizadas durante muito tempo no uniforme do clube.

No dia 25 de março de 1923, na residência de Inácio Coxo, localizada em uma das ruas do bairro Lira, que dá acesso à rua do Passeio, um grupo de jovens peladeiros, sob o comando de Vital Freitas e Natalino Cruz, resolveu criar a Associação Sampaio Corrêa Futebol Clube, oriunda do antigo Remo F. Club (1920), formado por operários e jovens de pés descalços, sendo escolhido para presidente o desportista Abrahão Andrade. Como vice, o escolhido foi Luís Vasconcelos e João Almeida e Plasco Moraes Rego, na primeira e segunda secretaria. Valdemar Zacarias de Almeida como tesoureiro, Almir Vasconcelos (apelidado de Almir Lapinha, pai do desportista Robson Vasconcelos, diretor do Maranhão Atlético Clube há anos) como Diretor de Esportes e mais Manoel Brasil como auxiliar das diretorias, foram os demais membros da primeira diretoria boliviana.

A primeira equipe do Sampaio Corrêa foi a seguinte: Rato; Zé Novais e João Ferreira; Roi Bride, Chico Bola e Raiol; Turrubinga, Mundiquinho, Zezico, Lobo e João Macaco.

Série B 1972
O Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão de 1972 reuniu 23 times do Nordeste apenas, divididos em 4 grupos (3 de 6 e 1 de 5).
O Sampaio compunha o grupo A, juntamente com: Moto Club/MA; Tiradentes e Flamengo/PI; Fortaleza e Guarany/CE. Classificado, o Sampaio Corrêa passou ao grupo "E", que tinha ainda o Tiradentes/PI, o Itabaiana/SE e o Atlético/BA. O Sampaio estreou em Alagoinhas, contra o Atlético, mas foi lá e venceu por 2 x 1. Depois teve dois empates em 0 x 0, com o Itabaiana fora e o Tiradentes em casa.
O Sampaio Corrêa classificou-se para a final, disputada em um jogo apenas, contra o Campinense/PB, melhor time da competição. A partida aconteceu em São Luís, numa verdadeira batalha campal, terminando em 1 x 1 no tempo normal e 0 x 0 na prorrogação. O Sampaio venceu na cobrança de pênalties por 5 x 4, levantando o troféu de campeão. Encerrou sua participação com dezessete jogos, 8 vitórias, 4 empates, 5 derrotas, 19 gols pró, 8 gols contra, 11 gols de saldo e o artilheiro da competição: Pelezinho, com 8 gols.
Time base do Sampaio Campeão da Série B de 1972: Jurandir; Célio Rodrigues, Neguinho, Nivaldo e Valdecir Lima; Gojoba, Djalma Campos e Edmilson Leite; Lima, Pelezinho e Jaldemir.
Série C 1997
1.ª Fase - O Sampaio estreou fora de casa contra o Santa Rosa/PA, conseguindo um empate em 0 x 0. Em São Luís, ganhou do River/PI por 1 x 0 e fora, também por 1 x 0, venceu o 4 de Julho/PI, e em Teresina, novamente venceu o River, por 2 x 1. Nos dois últimos jogos da primeira fase, em casa, o Tricolor bateu o 4 de Julho por 4 x 2 e o Santa Rosa por 4 x 0, terminando a primeira fase em primeiro lugar.
2.ª Fase - Nesta fase, de mata-mata, o adversário do Sampaio foi o Quixadá/CE. O Sampaio, em casa, tropeçou no primeiro jogo, apenas empatando com o visitante por 1 x1. A superação do Sampaio Corrêa veio no confronto no Ceará, quando venceu pelo placar de 1 x 0.
3.ª Fase - O adversário era o Santa Rosa do Pará. No jogo de ida o Sampaio Corrêa conseguiu o empate em 0 x 0, arrancando a classificação vencendo por 3 x 2.
4.ª Fase - No primeiro jogo, disputado em Fortaleza, o Sampaio Corrêa venceu por 1 x 0 e no segundo jogo em São Luís, novamente venceu, agora por 4 x 0.
5.ª Fase - Nesta fase final, quatro times se enfrentariam em quadrangular e o clube que fizesse mais pontos nos seis jogos que cada um tinha de jogar seria o campeão. Os clubes envolvidos nessa fase eram: Sampaio Corrêa/MA; Tupi/MG; Francana/SP e Juventus/SP.
No último jogo, no Estádio Castelão com mais de 70 mil pessoas, o Sampaio Corrêa sagrou se campeão Brasileiro Invicto da Série C em 1997, após o triunfo de 3-1 diante do Francana. Time base: Geraldo; Erly, Ney, Gelásio e Lélis; Luís Almeida, Renato Carioca, Ricardo (Edmilson) e Adãozinho; Jó (Cal) e Marcelo Baron. Técnico: Pinho
Série D 2012
O Sampaio Corrêa voltou a ser campeão brasileiro e novamente invicto, em 2012. Foi o primeiro clube nordestino a ser campeão da Série B e em 2012 tornou-se o primeiro clube brasileiro a ser campeão em três divisões diferentes, comandado pelo técnico Flávio Araújo.
O Sampaio sagrou-se campeão brasileiro pela terceira vez. O público registrado foi de 40.287, o maior de todas as séries em 2012. Recorde de público e renda na Série D. A campanha invicta foi mais um feito notável do tricolor maranhense e nunca será esquecida.
O Sampaio é o único clube do Maranhão a conquistar torneios nacionais (Série B, 1972; Série C, 1997 e Série D, 2012), o primeiro e único do Brasil a ser campeão em três divisões diferentes, e também conquistou a tríplice coroa no ano de 2012: Campeonato Maranhense, Copa União e Campeonato Brasileiro Série D. É o primeiro e único do Maranhão a participar de um torneio internacional oficial: a Copa Conmebol de 1998, terminando como terceiro colocado atrás do Santos e do Rosário Central, da Argentina.
Feitos
No jogo da semifinal da Copa Conmebol de 1998, entre Sampaio X Santos, foi quebrado o recorde de público do estádio Castelão no dia 24.09.1998. O total de público divulgado foi de 97.720 torcedores.
O Sampaio foi declarado de Utilidade Pública Estadual, pela Lei Estadual n.° 100/48, de 03.05.1948; e de Utilidade Pública Municipal, pela Lei Municipal n.° 456/54, de 09.12.1954. (Fonte: Wikipédia).


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